Mandrake
Sobre Mandrake, gostaria Fellini de ter feito um filme, com Marcello Mastroianni a desempenhar o papel. Mas este projecto nunca chegou a ser concretizado.
Mandrake, o mágico, foi criado por Lee Falk, o seu argumentista desde 1934, praticamente até à sua morte, em 1999. O desenhador convidado por Lee Falk para lhe dar corpo foi Phil Davis, sendo a sua figura inspirada no próprio Falk. De bigodinho fino, brilhantina, sempre vestido com um fato de cerimónia preto e cartola, fazendo-se acompanhar de uma bengala, Mandrake passou de mágico a herói que luta contra o crime, utilizando os seus poderes hipnóticos e de ilusionismo. Foi praticamente o primeiro super-herói, ainda antes do aparecimento do Super-Homem, que viria a ocorrer apenas em 1938. Acompanhava-o um musculado Lothar (em português, foi traduzido para Lotário), um príncipe africano, e muitas das suas aventuras andavam à volta da sua eterna namorada Narda, também ela uma princesa. O erotismo das primeiras histórias acabou por desaparecer aos poucos e poucos, bem como os fantásticos poderes de Mandrake, mais tarde praticamente resumidos ao mero hipnotismo, e também não tardaram a surgir os grandes vilões, desde o Cobra até ao 8, uma associação de criminosos que nunca se cansou de combater.
Pelo meio ficaram viagens a outros planetas, amizades com imperadores do cosmos, um enorme rol de histórias que só muito dificilmente se consegue acompanhar, já que as tiras diárias e as páginas dominicais nunca foram coligidas na íntegra em volume.
Ainda hoje se publica nos jornais norte-americanos, sendo a tira actualmente desenhada por Fred Fredericks.
A tira que ilustra este texto adquiri-a há algum tempo e está datada de 30/6 de 1969 e assinada por Falk e Fredericks. A dimensão da mancha é de 43,8 x 12,5 cm e a do papel de 47,8 x 14,7 cm.
Etiquetas: Fred Fredericks, Mandrake, originais
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