domingo, julho 22, 2007

Alley Oop

V. T. Hamlin criou Alley Oop nos inícios dos anos 30, inspirando-se para o título da série (que é também o nome do principal personagem) na frase pronunciada pelos acrobatas franceses (Allez Oup), tendo utilizado a temática pré-histórica devido ao seu interesse por fósseis, que decorreu do seu trabalho para companhias de exploração petrolífera nos Estados Unidos.

Na altura, despertou o interesse de uma pequena agência (a que nos Estados Unidos chamam syndicate) norte-americana, intitulada Bonnet-Brown, que iniciou a sua distribuição a 5 de Dezembro de 1932. Mas logo depois a agência faliu, e só algum tempo mais tarde a NEA - Newspaper Enterprise Association retomou o interesse pela série e a começou a distribui-la, estreando-se a 7 de Agosto de 1933. A 9 de Setembro do ano seguinte a página dominical começou a ser publicada, mantendo-se até aos dias de hoje.

As aventuras deste personagem da Idade da Pedra (bem como dos personagens secundários, entre os quais se contam a namorada do protagonista, Ooola, Foozy, o dinossáurio de estimação Dinny, o Rei Guz, entre outros) não se limitou ao seu período cronológico e ao seu país, chamado Moo, já que uma máquina do tempo os transportou para diversas épocas, incluindo ao século XX e até a uma ida à Lua em 1947, envolvendo-os numa enorme quantidade de peripécias dotadas de bastante sentido humorístico.

Mantendo assim uma presença regular nos jornais norte-americanos, a série não obteve no entanto grande destaque em revistas, sendo publicada em The Funnies, da editora Dell, e mantendo alguns títulos próprios nos anos 40, 50 e 60, muito embora tivessem curta duração. Em finais dos anos 80 e princípios dos anos 90, voltaram a surgir durante um curto período de tempo, e alguns episódios da série foram publicados pela Dragon Lady Press e pela Kitchen Sink, mantendo uma presença mais ou menos regular na revista Comics Revue. No cinema houve algumas adaptações a desenhos animados, mas com fraca expressão. Contudo, possuía muitos adeptos, e isso poderá explicar a sua longevidade.

Fotografia de V. T. HamlinV.T. Hamlin, nascido no Iowa a 10 de Maio de 1900 e falecido a 14 de Junho de 1993, acabou por reformar-se em 1971, entregando a continuidade de Alley Oop ao seu assistente desde 1950 Dave Graue, que a partir de 1967 passou a encarregar-se da totalidade das tiras diárias e desde 1971 das páginas dominicais, sendo assistido por Jack Bender desde 1991, o qual acabou por assumir a responsabilidade total dez anos mais tarde, quando Graue faleceu num acidente de viação, passando desde então a contar com a colaboração da sua mulher, Carole Bender.

Fotografia de Dave GraueA enorme popularidade de Alley Oop levou Max Allen Collins a fazer um documentário sobre a série, exstindo até um blogue especializado na análise crítica da mesma.

A sua publicação em língua portuguesa foi pouco difundida no nosso país, pese embora a popularidade e longevidade da série, ficando conhecida a versão brasileira, com o título Brucutu, sobretudo através da revista Gibi Mensal e Gibi Semanal, mais tarde reunidas em almanaques intitulados Gibi Nostalgia. Passou esporadicamente pelas páginas de algumas revistas portuguesas, como, por exemplo, o Mundo de Aventuras, na sua primeira série, com o título Trucutu.

O original aqui apresentado está datado de 27 de Maio de 1972, apresentando a assinatura de Dave Graue, bem como a de V.T.Hamlin. O © é da NEA e a dimensão da mancha é de 50,6 x 15,1 cm e a do papel de 52 x 16,1 cm, aproximadamente.




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