Freddie Frog ou Coisas do Senhor Sapo
Conhecida em Portugal por Coisas do Senhor Sapo, a série Freddie Frog terá surgido pela primeira vez em Fevereiro de 1954, nas páginas da revista Jack and Jill, integrando igualmente (como a série a que nos referimos anteriormente) aquilo a que os britânicos chamam nursery comics, ou seja, histórias que se destinavam a um público mais infantil. Se na Grã-Bretanha havia revistas que se publicavam com estas características, já em Portugal a tendência era para misturar diversos géneros de histórias numa mesma publicação, tentando assim agradar a um leque mais diverso de leitores. Não nos admiremos, por isso, ao encontrarmos séries como Dan Dare ou Till Ulenspiegel, a que se dedicou, entre outros artistas, o desenhador português Eduardo Teixeira Coelho, mais conhecido por ETC, as aventuras de Wulf o Bretão, intituladas O Preço da Liberdade ou O Vale dos Monstros Perdidos, de Bill Lacey, Cavaleiros Destemidos, de Frank Humphris (Jeff Arnold), todas destinadas a uma audiência mais juvenil, e Coisas do Senhor Sapo (Freddie Frog) ou As façanhas do Zé Lebrão (Harold Hare) numa mesma revista, como foi o caso de O Falcão, na sua primeira série, já que um certo ecletismo marcou esta primeira série da revista, na minha opinião de forma positiva.
Estando a cargo de vários artistas, de que vale a pena referir Gordon Hutchings, Sérgio Asteriti, Antonio Lupatelli ou Peter Woolcock, que trabalhou igualmente para a revista Playhour, as aventuras de Freddie Frog eram desenhadas e posteriormente pintadas a aguarela, frequentemente a cores, como se pode verificar na página abaixo, muito embora em Portugal tivessem sido sempre publicadas a preto e branco, ocupando uma ou duas páginas.
Características desta série eram as confusões em que a personagem se via envolvida, que muitas vezes provinham de mal-entendidos e de trapalhadas quase sempre com origem numa vontade de ultrapassar dificuldades e que nem sempre surtiam efeito, dando origem a cenas bastante cómicas, e que invariavelmente terminavam de forma satisfatória, nas quais participavam ainda algumas personagens secundárias, como Terry Tortoise, a tartaruga amiga do sapo, que em Portugal se chamava Mestre Cágado Folião, e outros habitantes da vila da Pasmaceira, como o sr. Texugo, Toupeirinha, ambos lavradores, o Urso Cozinheiro, o sr. Cão Peludo, o sr. Raposo, dono de uma loja de móveis, o sr. Perdigueiro, entre muitas outras.
A página aqui apresentada tem a particularidade de ser a cores, sendo composta por um cabeçalho a toda a largura dos desenhos, e 7 vinhetas isoladas (a última possui o dobro do tamanho das 6 primeiras), todas coladas num cartão grosso. A dimensão do cartão é de 67 x 48,5 cm, aproximadamente. Cada vinheta pequena tem 12,4 x 11,1 cm, e a última possui 25,5 x 11,1 cm. Na parte inferior do cartão podem ler-se as seguintes indicações manuscritas: Page 42, Page 43, Jack & Jill Annual 1983. Os desenhos não estão assinados nem datados.
Etiquetas: Coisas do Senhor Sapo, comics britânicos, Freddie Frog, originais
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