Histórias esquecidas 11: José Ruy no Cavaleiro Andante: «Columbano» e «Gutenberg»
Outro desenhador português há mais anos em actividade é José Ruy. Nascido em 1930, na Amadora, é considerado o autor com mais álbuns produzidos, tendo-se estreado nos fanzines e começado a publicar trabalhos seus na revista O Papagaio, com apenas catorze anos de idade, em 1944. No ano seguinte colaborou regularmente com esta mesma publicação e trabalhou como gráfico na revista O Mosquito, onde veio a publicar o seu primeiro trabalho no ano de 1952. Acerca desta revista e em particular do destino dado à impressora utilizada na redacção de O Mosquito, José Ruy tem vindo a escrever uma série de artigos no blogue Kuentro.
A sua colaboração com diversas revistas continuou com o Gafanhoto e Camarada, bem como com o Cavaleiro Andante, tendo assumido igualmente o cargo de director da segunda série de O Mosquito. Outras histórias suas surgiram ainda no Pisca-Pisca, na V série do Mundo de Aventuras e, mais recentemente, no Jornal da BD, no Tintin, Spirou e Selecções BD.
Entre algumas das suas obras mais importantes conta-se a ilustração da Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, dos Autos das Barcas, de Gil Vicente e de Os Lusíadas, de Luís de Camões, trabalhos que foram publicados pela Editorial Notícias. Outra obra importante é a série de álbuns intitulada Aventuras de Porto Bomvento, bem como outras histórias sobre Almeida Garrett, Aristides de Sousa Mendes ou Humberto Delgado, para além de muitas outras. Estas versões de obras literárias levaram-no a estabelecer uma colaboração intensa com escolas de todo o país, onde se disponibilizou para dinamizar encontros com alunos e conferências a propósito das suas adaptações, tendo sido dado o seu nome a uma escola na Amadora e para onde pintou vários painéis.
O seu percurso e a sua obra foram objecto de um estudo intitulado José Ruy: Riscos do Natural.
Divulgamos aqui dois dos seus trabalhos publicados no Cavaleiro Andante: a história de uma página intitulada Columbano, que saiu no álbum do Natal de 1956 dessa revista, e ainda Gutenberg, que saiu no número especial de Outono de 1954, do mês de Outubro, composta por 12 páginas, a que aditámos a página seguinte, intitulada De Gutenberg aos nossos dias, focando a evolução da imprensa até ao processo gráfico do Cavaleiro Andante.
Etiquetas: Cavaleiro Andante, Columbano, Gutenberg, Histórias esquecidas, José Ruy
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